quarta-feira, 14 de julho de 2010

No tempo que passa lento e a jato


O tempo não tem me dado tempo.
Os infinitos segundos, que antes, na calmaria do ponteiro, compunham um minuto que suportava uma eternidade; hoje passa veloz e despercebido em meio a confusão do dia-a-dia.
As horas parecem minutos.
Os dias parecem horas.
As semanas parecem dias.
Os meses parecem semanas.
O ano parece segundos.
Passam noites e noites estreladas e sequer tenho tempo de parar alguns minutos e admirar o encantado brilho presente no céu.
Passam dias ensolarados e só reclamo pelo calor que me incomoda, quando eu poderia parar por alguns minutos meus afazares e agradecer pela maravilha que é acordar de manhã e perceber um lindo sol lá fora, sorrindo para o mundo inteiro.
Carros, casas, dinheiros, papéis, ligações, e-mails, boletos bancários, livros, cartas, compras, vendas, trocas, stress, conflitos, problemas, soluções.
Manhãs, tardes e noites vão passando.
E o que eu concretizei até agora?
E meus planos, onde se encontram, em meio aos passageiros segundos do meu ano?
E o que tenho feito pelos meus objetivos?
Em que direção me encontro?

E assim me pego pensando, levando, vivendo, voando pelo tempo.

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