quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Bye, September

30/09/2010.
Mais um setembro se foi. Partiu e consigo levou momentos marcantes, experiências inesquecíveis, lágrimas de dor e sorrisos imensamente valiosos.
Mês acolhedor de flores, vida, cores: é a chegada da primavera. Imperdível oportunidade de recomposição.


 Chega a hora de jogar os casacos e cachecóis pela janela e varrer de vez as folhas secas que o outono/inverno aqui esqueceram. É hora de abusar das cores, admirar as flores, desfrutar dos amores.
A chuva é a amiga de setembro. Há tempos andava desaparecida, deixando nós, habitantes dessa Terra quente e seca, necessitados da sua indescritível e insubstituível presença. Contudo, setembro acolhe-a, branda e serena para lavar nossos corpos e alma e nos trazer tranquilidade.
O nono mês do calendário chegou com tudo, cheio de surpresas, mudança de rotina, aparições inesperadas e trazendo consigo uma visão completamente inovada do chamo de amor.
Confesso, me pegastes um pouco desprevinida; o que fez com que eu o aproveitasse com maior intensidade que naturalmente eu aproveitaria. Tenho um grande apreço por situações 'não-combinadas'. Defendo a idéia de deixar rolar. E setembro rolou perfeitamente.
Mês de amadurecimento forçado. Ele chegou e disse: ou você amadurece, ou você amadurece.
Tive escolha? É, não tive.
Mês de boas pessoas. Pessoas especias que fazem de setembro, ainda mais especial.
Mês iniciante dos librianos. Mês de equilíbrio.
Agora, rapidamente ele parte. Vai embora sem despedir-se.
Aqui, guardo carinhosamente o que ficou expresso  em divertidas fotos e eternas lembranças: a saudade imensa de um setembro secretamente especial.

E vem , Outubro! Pode vir. Vem com tudo e se faça marcante, como fez setembro, e assim ficarei satisfeita.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Em paz com o cotidiano


Agora cai uma deliciosa chuva  lá fora. Mansa, ela vem suprindo o mínimo da minha necessidade de respirar um pouco de ar úmido, sentir o vento molhado bater em minha face, lavar um pouco dessa minha alma carregada de - boas e más - energias.
Sobrecarga de energias, eis a questão.
A falta de tempo me consome.
Falta tempo para pensar, para sentir, para querer.
Mas sabe de uma coisa? Eu prefiro que seja assim. Dessa forma, poupo-me de sofrimentos desnecessários provocados pelo ócio.
Se ocupo meus pensamentos com a busca de soluções para os problemas do cotidiano, com os trabalhos que tenho a fazer ou até mesmo com a busca de um futuro melhor para mim; resta pouquíssimo tempo para pensar no que me aflige. Assim, vou levando tranquilamente as horas corridas que tanto exigem meu esforço.
Mas o coração, como fica nessa história? Não pensem que tenho coração de pedra. Pelo contrário! Ele tem pulsado bem acelerado nos últimos dias e tenho meus pensamentos fixos, isso é fato. (E quem é responsável por isso, já sabe.)
O fato é que esse 'não-me-entregar' aos altos e baixos da vida tem me feito bem.
E saber administrar as dores e os amores tem me oferecido um bem-estar imensurável.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Instante petrificado


Após terem transformado os tantos quilômetros que os separavam em mínimos centímetros de distância, o irreal em palpável, o inacreditável em verdadeiro; ali estavam eles, cercados por quatro paredes, escurecidas pela falta de luz elétrica e até mesmo de luz solar, interrompidas pelas grandes janelas escuras.
Era dia. O bom humor exalava no ar. E não apenas o fato da luz do dia elevava em tamanha altura as taxas de humor. O que existia naquele instante era uma frequência de pensamentos indescritível.
Chegaram, entraram, sorriram à vontade. Era como se  houvesse anos de convivência (que na realidade, não passavam de alguns minutos).
Euforicamente, cantavam  suas músicas em comum.
Foi quando então, os olhares pararam em uma só linha de direção, fixando ali, como se os brilhos formassem um só jato de luz naquele cômodo escuro.
Os passos, involuntariamente, caminharam em sentidos diferentes, porém, na mesma direção.
De encontro, as mãos se uniram, oferecendo tal junção também ao restante dos corpos ali presentes.
Sorrisos inegáveis atropelaram o sincronismo daquele momento.
Uma mordida no canto da boca, uma mão na nuca, um suspiro, um instante, um leve encontro de lábios...

O mundo parou.

domingo, 19 de setembro de 2010

Quem sabe isso quer dizer amor



Hoje quero pensar, escrever, ser diferente.
Hoje quero falar de amor.
Um amor sem dúvidas. Distante de qualquer encanto passageiro, ou qualquer paixão ardente.
Um amor inexplicável, persistente e - em alguns momentos - até doloroso.
Um amor de grandeza monumental. Tão grande que até, em partes, desconhecido.
Um amor que soube esperar.
Um amor que trouxe consigo maturidade.
Um amor que ultrapassou todos os extremos.
Um amor que provou ser mesmo muito forte.
Um amor que se mostrou vencedor. Quebrou todas as barreiras, desde as mais dolorosas até as mais distantes.
Um amor que me surpreende. Desgastado por tantos empecilhos e absorto no tempo.
Um amor que possui sua própria trilha sonora.
Um amor composto de olhares e sorrisos incontroláveis, de saudades após minutos de distância, de ausência de palavras, de suspiros  de paz, de incessáveis beijos.
Um amor que agora carrega consigo uma tonelada de lembranças. Lembranças que aceleram a pulsação, que instigam as lágrimas, que apertam o peito.
Um amor que agora é feito de saudade.
Um amor que não poderia ser definido de outra forma, expresso de outra maneira, escrito em outras palavras.
Se isso não é amor, o que mais pode ser?
De uma coisa eu tenho certeza: o que eu sinto é amor.

"E se antes um pedaço da maçã, hoje eu quero a fruta inteira." 

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Sobre mim



Afinal, quem somos nós? Você sabe exatamente quem é você? Eu sei ao exato quem sou eu? Não, eu não sei.
Hoje, visitando e analisando perfis aleatórios, me deparei questionando como as pessoas se definem com tanta certeza em apenas algumas frases e ponto final. Será que nossa personalidade cabe mesmo em algumas poucas linhas?
Após acordar desse questionamento, eu tentei formar um texto que descrevesse a mim, e confesso, não consegui.
Foi-se o tempo em que eu conseguia me limitar a algumas palavras.
As mudanças pelas quais eu atravesso todos os meus dias, horas e até minutos, não me deixam - nesse momento - formar um parágrafo descritivo sobre mim.
Descobri ser inconstante, muito insconstante.
Posso ser aquela alegre, sorridente, que passou ao teu lado na esquina anterior; e mais à frente, ser aquela desanimada pelas dúvidas da vida, na próxima esquina.
Posso ser aquela que move montanhas para ajudar à todos de manhã; e à tarde, me sentir cansada por não receber nada em troca.
Posso ser isso, aquilo e muito mais.
Conversando com alguém sobre minha personalidade, ouvi dizer que sou uma pessoa cheia de "faces". (Como complemento, disse-me que foi no bom sentido. Várias faces = várias formas.)
Aquela durona, cheia da fortaleza, que se sensibiliza com pequenos detalhes.
Aquela realista, objetiva, centrada, que vive planejando sonhos.
E realmente, eu não pude deixar de concordar.
Sou um tanto intensa. Gosto de extremos.
Vivo minha realidade dentro do sonho que eu própria crio, da minha própria forma, equilibrando meus defeitos, a partir das minhas qualidades.

sábado, 11 de setembro de 2010

Por onde andei?



Alguns dizem que eu sumi. Outros dizem que estou estranha. Ouço dizer que sentem minha falta, e não deixo crer na afirmativa. Eu realmente faço falta. Eu mesma andei sentindo minha falta.
Por entre pessoas embaraçosa; situações embaraçosas; relacionamentos embaraçosos; vida embaraçosa; eu fui me embaraçando. Sem às vezes perceber, me distanciando do meu equilíbrio interior.
Acho que é isso. Estávamos traçando caminhos distintos, eu e eu mesma. Acabei desencontrando comigo mesma.
Sinto necessidade de encontrar aquilo que deixei perdido pelo caminho. Esse é  meu objetivo. E sei que, para atingí-lo, preciso me recuar de todos os desvios e viver um pouco mais por mim.
Eis aqui a resposta  da questão.

A paz, escondida em algum canto, me provoca saudades.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010


I

Não reconheço.
O que pode ser além daquilo que vejo?
Vejo sinais, vejo gente, vejo caminhos
E todos interligados como necessidade.
Porém, não se reconhecem.
Transito por cantos, os bares falam,
As coisas se olham, mas cada um no seu canto.
Deveria, realmente, estar aqui? Ou seria melhor ali?
Às vezes nos questionamos tanto. Talvez seja esta a grande falha:
Querer saber demais e viver de menos.

O tempo que nos leva junto, de repente, deve saber a resposta.
Mas, pensando bem, o culpado de tudo é ele. Degrada-nos e revela que, com o tempo,
A gente não se reconhece mais.

II

Deixo que me falte palavras.
Ao passo que em outros segundos,
Seguidos ou não,
Juntá-las-ei novamente.
Crio e construo, senão o que me vem à mente,
E de meu contentamento,
o sentido se perde e só.

Faço dele nada, ou apenas como coisa que dá nó,
Parado onde é fruto de si mesmo,
Pois se quero, é muito além do que vejo.

E o tempo vem e passa, e vai,
Levando-nos a um lugar
        [onde já estamos.
Porque gostamos de ser assim: sempre; e sermos outros,
        [jamais ousamos.

E por entre olhares perdidos os quais nos julgam ou nos
        [levam a crer que somos,

Perguntamo-nos se é isto:
O que queremos; e um aviso: o que sempre seremos.

Como o mundo que se faz de nada
Ou a vida, que, com ela, aprendemos.


Por alguém muito especial. Alguém que só sabe organizar casa [e escrever].
L Nazar

Insuficiência



Poucas palavras.
Poucas idéias.
Poucas vontades.
Poucas pretenções.
Poucos planos.

Pouco calor.
Pouco gostar.
Pouco novo.

O monótono me enfraquece. A rotina me cansa.
No meu pequeno espaço, espero a aparição de um bom motivo que faça minhas borboletas baterem suas asas e enfim, seguirem viagem.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

O dom de encantar-se


Mais uma vez, cá estou eu, entrando em contradição com todos os planos que eu havia traçado para vida nos últimos dias. Eu que, com toda convicção, bati no peito e disse que não mais me apaixonaria e nem me apagaria em nada, nem a ninguém, estou aqui, sempre cheia dos mais diversos encantos. E não me perguntem exatamente por que ou por quem, pois eu não saberei responder. Quando eu falo de encanto, não digo que, necessariamente, me encanto apenas por pessoas.
Me encanto por cheiros. Roupa limpa, chuva, fragrância de alguém especial.
Me encanto por cores. Desde a elegância do preto e branco até a diversidade do arco-íris, transpondo tudo que é visível aos nossos olhos.
Me encanto por sons. O dedilhado de um violão, o chamado da natureza, o timbre de uma voz especial.
Me encanto por palavras. Palavras simples e sinceras que são capazes de provocar variadas sensações, mudanças e fortes pulsações.
Me encanto por sorrisos. E logo te conto um segredo: O sorriso é a única arma que me deixa intacta. É para mim o que o ser humano tem de mais belo e valioso.
E não poderia deixar de me encantar por pessoas. Elas que têm me surpreendido tanto, dia após dia, com cheiros, cores, sons, palavras e sorrisos.
E se chega o desencanto? Ah, o mundo não me dá tempo e logo trata de colocar no meu caminho algo ou alguém que me desperte os mais doces e diversos sentimento, provocados pelo tal encanto.

"É a beleza que começa a agradar e a ternura completa o encanto."
Bernard Fontenelle