sexta-feira, 3 de setembro de 2010

O dom de encantar-se


Mais uma vez, cá estou eu, entrando em contradição com todos os planos que eu havia traçado para vida nos últimos dias. Eu que, com toda convicção, bati no peito e disse que não mais me apaixonaria e nem me apagaria em nada, nem a ninguém, estou aqui, sempre cheia dos mais diversos encantos. E não me perguntem exatamente por que ou por quem, pois eu não saberei responder. Quando eu falo de encanto, não digo que, necessariamente, me encanto apenas por pessoas.
Me encanto por cheiros. Roupa limpa, chuva, fragrância de alguém especial.
Me encanto por cores. Desde a elegância do preto e branco até a diversidade do arco-íris, transpondo tudo que é visível aos nossos olhos.
Me encanto por sons. O dedilhado de um violão, o chamado da natureza, o timbre de uma voz especial.
Me encanto por palavras. Palavras simples e sinceras que são capazes de provocar variadas sensações, mudanças e fortes pulsações.
Me encanto por sorrisos. E logo te conto um segredo: O sorriso é a única arma que me deixa intacta. É para mim o que o ser humano tem de mais belo e valioso.
E não poderia deixar de me encantar por pessoas. Elas que têm me surpreendido tanto, dia após dia, com cheiros, cores, sons, palavras e sorrisos.
E se chega o desencanto? Ah, o mundo não me dá tempo e logo trata de colocar no meu caminho algo ou alguém que me desperte os mais doces e diversos sentimento, provocados pelo tal encanto.

"É a beleza que começa a agradar e a ternura completa o encanto."
Bernard Fontenelle

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